SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE
Gabinete
Rua General Jardim, 36, 1º andar - Bairro Vila Buarque - São Paulo/SP - CEP 01223-011
Telefone: (11) 2027-2389
FORMULÁRIO DE REQUISIÇÃO DE MATERIAL
Processo nº 6018.2022/0104008-9
Órgão interessado: Secretaria Municipal de Saúde
Unidade interessada: Gabinete
Unidade requisitante: |
COVISA/G |
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Servidor responsável pela requisição: |
EDUARDO DE MASI, ASSESSOR TÉCNICO III RF 731.436-1 |
Telefone: |
(11) 20272400 |
E-mail: |
emasi@prefeitura.sp.gov.br |
OBJETO
(X) Material de Consumo |
(_) Material Permanente |
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PEDIDO DE ABERTURA DE ATA DE REGISTRO DE PREÇOS PARA O FORNECIMENTO DE ARMADILHAS DE AUTO DISSEMINAÇÃO COM REFIL DE INSETICIDAS E DE ARMADILHAS DE MONITORAMENTO DE MOSQUITOS FÊMEAS GRÁVIDAS COM REFIL DE CARTÃO ADESIVO PARA COLETA DE MOSQUITOS A SEREM USADAS NA IMPLEMENTAÇÃO DE SOLUÇÃO TECNOLÓGICA DE SUPRESSÃO POPULACIONAL E MAPEAMENTO VETORIAL PARA O CONTROLE DE MOSQUITOS Aedes Aegypti EM LARGA NA CIDADE DE SÃO PAULO |
JUSTIFICATIVA DA NECESSIDADE
Nas últimas duas décadas os métodos tradicionais de controle de Aedes aegypti, baseados nas visitas aos imóveis e eliminação de criadouros tem se mostrado insuficientes para conter o avanço das epidemias de dengue na Cidade de São Paulo. De 2001 a 2015, a cidade registrou epidemias cíclicas com tendência crescente da doença. Em 2015, foram confirmados mais de 100.000 casos autóctones de dengue (incidência aproximada de 870 casos por 100.000 habitantes). A partir de 2016, métodos complementares de controle foram incorporados ao modelo tradicional. Coincidentemente, dos últimos seis anos, quatro foram de baixíssima transmissão de dengue (2017, 2018, 2020 e 2021) e dois de baixa transmissão. Todos com taxas de incidência abaixo ou pouco acima de 100 casos por 100 mil habitantes. Nesses mesmos anos, quase não foram notificados casos de Zika e Chikungunya e, dos casos que se confirmaram, a maioria era importado. A despeito do aparente sucesso dos últimos anos, a busca por novos métodos de controle vetorial deve continuar, com o objetivo de se manter os baixos níveis de transmissão e de se evitar que novos cenários epidêmicos, similares ao ano de 2015 ocorram. Hoje, um dos métodos mais promissores relatados na literatura científica, e já testado na cidade de São Paulo com resultados encorajadores, é o uso de um sistema de supressão populacional de Aedes aegypti baseado no uso de armadilhas de auto disseminação de inseticidas instaladas em campo nas áreas de maior transmissão de arboviroses (dengue, por exemplo). Dentro desse sistema, são usadas: a) armadilhas de auto disseminação de inseticidas, que tem por finalidade fazer com que as fêmeas de Aedes aegypti sejam atraídas para essas armadilhas se contaminem com o inseticida de ação larvicida ali presente e o transporte para outros criadouros naturalmente existentes no ambiente, fazendo com que as larvas que lá estejam ou venham a estar por um período de até dois meses se contaminem e morram; b) armadilhas de monitoramento de fêmeas grávidas, as quais tem por finalidade aferir o efeito da supressão populacional decorrente do uso das armadilhas de auto disseminção e; c) uma plataforma digital que serve para registrar, integrar e analisar os dados espaciais e estatísticos de todo o sistema, bem como organizar a logística de visitação, manutenção e reposição dos refis de inseticida das armadilhas instaladas em campo. As armadilhas de auto disseminação, principal componente do sistema, operarm com o uso de refis de inseticidas. O refil é formado por um sachê, que contem dois tipos diferentes de inseticidas formulados sobre a forma de pó. Esse pó é aplicado sobre uma tela existente na armadilha, onde os mosquitos pousam para fazer a oviposição, e também sobre a água contida no interior da armadilha. A água da armadilha funciona como atrativo para a oviposição dos mosquitos fêmeas, que ao visitá-la se contamina com o pó inseticida. Após o contato com o mosquito, os dois inseticidas agirão por dois meios diferentes: um deles, que é um potente larvicida inibidor de crescimento (piriproxifeno), que mesmo em baixíssimas doses (da ordem de partes por bilhão) é capaz de eliminar as larvas de mosquitos, será transferido da tela impregnada existente na armadilha para as penas do mosquito fêmea, sem efeito tóxico sobre ela, e depois dela para a água de um criadouro naturalmente existente no ambiente, tendo então efeito sobre as larvas que ali estejam ou venha a estar. O outro inseticida, um bioativo (inseticida biológico) formado por um fungo entomopatogênico, agirá diretamente sobre os mosquitos adultos fêmeas, matando-as alguns dias após o contato feito durnate a oviposição na armadilha. Dessa forma, a ação desse produto permite que a fêmea do Aedes aegypti continue a dessiminar o larvicida por alguns dias, mas morra em período relativamente curto de tempo para continuar a transmitir arboviroses. Ambos os produtos e sua forma de comercialização, por sachê de refil para as armadilhas, encontram registro vigente na ANVISA para uso em campanhas de saúde pública. A grande vantagem desse método é que as próprias fêmeas de Aedes aegypti são usadas como vetores do processo, porque, ao se contaminarem, elas levam o inseticida de ação larvicida da armadilha de auto disseminação para os criadouros ocultos (crípticos) - aqueles que dificilmente são localizados pelos olhos humanos ou para aqueles que, embora possam ser identificados, são de difícil controle devido às suas características e tipo - em seus saltos de oviposição. Os resultados das Avaliações de Densidade Larvária (ADL), levantamentos periódicos dos níveis de infestação por Aedes aegypti e dos tipos de recipientes e criadouros existentes na cidade de São Paulo feitos periodicamente na cidade de São Paulo, tem mostrado que aproximadamente 20% dos recipientes identificados na cidade se enquadram na categoria de difícil controle. Esses recipientes são: Depósitos Elevados (≈2,0% do total de recipientes levantados), Recipientes Fixos (≈16%) e Recipientes Naturais (≈2%). Além desses, há de considerar, ainda, que há uma série de recipientes classificados em outros tipos, que pela sua constituição ou finalidade de uso, não poderiam sofrer intervenção de controle no ato da visita do agente de endemias, mas seriam alvo de controle pela metodologia de disseminação de inseticidas. Esses dados reforçam a importância de se buscar alternativas complementares ao controle do Aedes aegypti, que vão além da educação em saúde e das visitas para a eliminação de recipientes e criadouros. Mais uma vez, a implementação de um sistema de supressão populacional de Aedes aegypti, focado em armadilhas de auto disseminação de inseticidas e em um suporte de monitoriamento de resultados apoiado por uma plataforma digital, vem de encontro ao problema levantado (manter baixos os níveis de transmissão da dengue e conter a entrada em nível epidêmico ou endêmico de Zika ou Chikungunya na Cidade de São Paulo), pois esse tipo de estratégia suplementar de controle permite que se tenha alguma intervenção nos criadouros inacessíveis ou “escondidos”. Em 2020, a COVISA tomou conhecimento desse sistema de supressão populacional de Aedes aegypti e conduziu dois estudos pilotos para avaliar a sua efetividade e a sua aplicação na rotina do programa de vigilância e controle das arboviroses (SEI 076485404 ). Os resultados encontrados foram promissores e levaram à conclusão que a sua implantação em maior escala poderia ser um método suplementar adequado para se controlar a dengue nas áreas de maior incidência de transmissão da cidade de São Paulo. Adicionalmente aos resultados obitidos pelos estudos piloto da COVISA, há uma série evidências em literatura científica especializada, bem como endossamento e recomendações em manuais técnicos da Organização Mundial da Saúde e do Ministério da Saúde, favoráveis ao uso de sistemas de armadilhas de auto disseminação de inseticidas para o controle de Aedes aegypti em áreas urbanas. Inicialmente o sistema de supressão populacional de Aedes aegypti será implantado nas áreas das Coordenadorias Regionais de Saúde que concentram a maior quantidade e, consequentemente, a maior incidência histórica de dengue, desde 2017. A partir da avaliação dos resultados e da possibilidade de expansão de investimento, pretende-se expandir a estratégia para outras áreas de relevância epidemiológica, conforme os critérios técnicos definidos pela COVISA. Em uma primeira etapa de implantação do sistema de supressão populacional está prevista a instalação de 20 mil armadilhas de auto disseminação de inseticidas e de uma mil armadilhas de monitoramento, com as respectivas quantidades de refil inseticida e de cartão adesivo para operar por um ano nas áreas selecionadas das seis Coordenadorias Regionais de Saúde da Cidade de São Paulo. Resumidamente, a presente aquisição objetivará institutir um novo componente ao Programa de Vigilância e Controle das Arboviroses da Cidade de São Paulo (PMArbo), baseado em um sistema de mapeamento, monitoramento e controle de Aedes aegypti, por meio de nova metodologia de supressão populacional em larga escala em zonas urbanas com o uso de armadilhas de auto disseminação de inseticidas e armadilhas de monitoramento populacional, apoiadas por uma plataforma digital que permita a avaliação dos resultdos. |
Ata de Registro de Preço para adesão?
Item 1 |
(X_) Não (_) Sim |
Qual o Nº? |
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Item 2 |
(X_) Não (_) Sim |
Qual o Nº? |
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Item 3 |
(X_) Não (_) Sim |
Qual o Nº? |
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Item 4 |
(_X ) Não (_) Sim |
Qual o Nº? |
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Item 5 |
(_) Não (_) Sim |
Qual o Nº? |
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Item 6 |
(_) Não (_) Sim |
Qual o Nº? |
|
Item 7 |
(_) Não (_) Sim |
Qual o Nº? |
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Item 8 |
(_) Não (_) Sim |
Qual o Nº? |
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Item 9 |
(_) Não (_) Sim |
Qual o Nº? |
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Item 10 |
(_) Não (_) Sim |
Qual o Nº? |
ESPECIFICAÇÃO DETALHADA DO MATERIAL
Item 1 |
Armadilhas de auto disseminação de inseticidas de ação larvicida e adulticida |
Código SUPRI: |
51.195.003.001.0106-7 |
Item 2 |
Sachê inseticida, com tela a ser impregnada e pó inseticida de ação larvicida e adulticida para reposição periódica nas armadilhas de auto disseminação |
Código SUPRI: |
51.195.003.001.0107-5 |
Item 3 |
Armadilhas de captura de mosquitos aedes adulto do tipo Gravid Aedes Trap (GAT) |
Código SUPRI: |
51.195.003.001.0108-3 |
Item 4 |
Cartão adesivo de monitoramento entomológico para ser usado nas armadilhas de captura de mosquitos Aedes adultos do tipo Gravid Aedes Trap (GAT) |
Código SUPRI: |
51.195.003.001.0109-1 |
Item 5 |
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Código SUPRI: |
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Item 6 |
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Código SUPRI: |
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Item 7 |
|
Código SUPRI: |
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Item 8 |
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Código SUPRI: |
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Item 9 |
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Código SUPRI: |
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Item 10 |
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Código SUPRI: |
QUANTIDADE REQUISITADA
Quantidade |
Unidade de medida |
Embalagem |
Capacidade da Embalagem |
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Item 1 |
20.000 |
unidade |
************ |
************ |
Item 2 |
120.000 |
unidade |
************ |
************ |
Item 3 |
1.000 |
Unidade |
************ |
************ |
Item 4 |
12.000 |
unidade |
************ |
************ |
Item 5 |
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Item 6 |
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Item 7 |
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Item 8 |
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Item 9 |
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Item 10 |
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AMOSTRA
É necessário enviar amostra? |
Prazo para entrega da amostra |
Prazo para unidade requisitante testar amostra |
Agendar entrega pelo telefone |
Contato |
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Item 1 |
Não |
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Item 2 |
Não |
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Item 3 |
Não |
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Item 4 |
Não |
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Item 5 |
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Item 6 |
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Item 7 |
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Item 8 |
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Item 9 |
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Item 10 |
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PROGRAMAÇÃO DE ENTREGA DO MATERIAL
Número de Parcelas |
Em um mesmo endereço ou diversos? |
Endereços |
Telefones |
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Item 1 |
única |
diversos |
O local de entrega será definido pelo solicitante quando do acionamento da ATA. |
(11) 2974-7831/29 |
emasi@prefeitura.sp.gov.br/patriciapeixoto@prefeitura.sp.gov.br |
|
Item 2 |
única |
diversos |
O local de entrega será definido pelo solicitante quando do acionamento da ATA |
|
emasi@prefeitura.sp.gov.br/patriciapeixoto@prefeitura.sp.gov.br |
|
Item 3 |
única |
diversos |
O local de entrega será definido pelo solicitante quando do acionamento da ATA |
|
emasi@prefeitura.sp.gov.br/patriciapeixoto@prefeitura.sp.gov.br |
|
Item 4 |
única |
diversos |
O local de entrega será definido pelo solicitante quando do acionamento da ATA |
|
emasi@prefeitura.sp.gov.br/patriciapeixoto@prefeitura.sp.gov.br |
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Item 5 |
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Item 6 |
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Item 7 |
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Item 8 |
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Item 9 |
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Item 10 |
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INFORMAÇÕES SOBRE O CONSUMO
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Estoque atual: |
Consumo médio mensal: |
Previsão de Consumo anual: |
Item 1 |
ITEM NOVO |
0 |
20.000 |
Item 2 |
ITEM NOVO |
0 |
120.000 |
Item 3 |
ITEM NOVO |
0 |
1.000 |
Item 4 |
ITEM NOVO |
0 |
1.000 |
Item 5 |
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Item 6 |
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Item 7 |
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Item 8 |
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Item 9 |
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Item 10 |
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INFORMAÇÕES DA ÚLTIMA AQUISIÇÃO
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Data da última aquisição |
Preço unitário |
Quantidade |
Fornecedor |
Item 1 |
PRIMEIRA AQUISIÇÃO |
*** |
**** |
*** |
Item 2 |
PRIMEIRA AQUISIÇÃO |
**** |
*** |
**** |
Item 3 |
PRIMEIRA AQUISIÇÃO |
**** |
**** |
**** |
Item 4 |
PRIMEIRA AQUISIÇÃO |
*** |
**** |
**** |
Item 5 |
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Item 6 |
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|
Item 7 |
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Item 8 |
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Item 9 |
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Item 10 |
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RESPONSÁVEL PELO RECEBIMENTO E/OU FISCAL
Nome: |
Eduardo de Masi |
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Telefone: |
(11) 2974-7831/29/2027-2400 |
RF: |
731.436.1 |
|
emasi@prefeitura.sp.gov.br |
Unidade: |
COVISA/G |
Nome Suplente: |
Patricia Peixoto de Oliveira / Gladyston Carlos Vasconcelos Costa |
||
Telefone Suplente: |
(11) 2974-7831/29 |
RF Suplente: |
783.968-5 / 730.782-9 |
E-mail Suplente |
patriciapeixoto@prefeitura.sp.gov.br; gccosta@prefeitura.sp.gov.br |
Unidade Suplente: |
|
TITULAR DA UNIDADE REQUISITANTE
Nome: |
LUIZ ARTUR VIEIRA CALDEIRA |
||
|
luizcaldeira@prefeitura.sp.gov.br |
Telefone: |
20272402 |
OBSERVAÇÕES
A requisição em trâmite tem por objetivo firmar ATA de Registro de Preços para futuras aquisições dos itens listados e implantação de solução tecnológica de supressão populacional de controle de mosquitos Aedes aegypti em larga escala na Cidade de São Paulo.
Dada a relação de especificidade entre os intes 1 e 2 e 3 e 4, as aquisições deverão ser feitas em lotes únicos, sendo o Lote 1 formado pelos itens 1 e 2 e o Lote 2 formado pelos itens 3 e 4. |
Encaminhamento
À COVISA-G A/C Sr. Coordenador
Para ciência e providências. |
Eduardo de Masi Analista de Saúde Em 30/12/2022, às 11:26. |
A autenticidade deste documento pode ser conferida no site http://processos.prefeitura.sp.gov.br, informando o código verificador 076485109 e o código CRC E2A00AEB. |
Referência: Processo nº 6018.2022/0104008-9 | SEI nº 076485109 |